quarta-feira, 10 de março de 2010

Aperta mais dois buraquinhos no cinto!

P.E.C.


Ligo a tv, ponho nas noticias e uma vez mais deparo-me com mensagens de apelo ao aperto do cinto…

Não digo que as medidas tomadas pelo governo não sejam importantes, mas pergunto-me se a congelação dos salários reais na função pública não serão um mau augúrio para o tão prometido aumento para 500€ no sector privado…o qual passou por um sem fim de negociações, felizmente ineficazes, para que não se chegasse ao valor estipulado de 475€ para este ano.

Adiante! É preciso estar um pouco atento as estas medidas pois, apontasse o facto com muita insistência de que quem vai pagar a “despesa” é a classe média, mas também existem muitos pensionistas que irão pagar mais!

Falei na classe média, mas da alta…não se fala! Os grandes donos de fortunas no mínimo abismais, aqueles que não declaram na totalidade os seus rendimentos são deixados de parte enquanto o Zé vai pagando a factura, como já é da praxe.

Deixo alguns conselhos que sei, serem dados por muita gente, mas completamente ignorados pelos visados: redução de salários, carros mais baratos e de preferência a serem mantidos durante toda a posse do cargo, ao contrário do habitual que é comprar um todos os anos à custa de dinheiros públicos, sendo que também seria bom reduzir em despesas de viagens, ajudas de custo, subsídios de deslocação, dias de férias…jantares!

Vou parar de bater na classe política, outra ideia seria taxar ainda mais os gestores, e os 45% de taxa deviam ser aplicados a partir dos 70000€, responsabilizando ainda os gestores por eventuais erros danosos para a economia como por exemplo as derrapagens orçamentais em obras públicas e privadas que no fim são todas pagas pelos contribuintes, sendo que se esses valores fossem deduzidos nos salários e bónus desses senhores de certeza que as contas não seriam tão discrepantes em relação aos valores inicialmente orçamentados.

Uma boa medida é a tributação das mais-valias da bolsa, ou seja, os contribuintes que detenham acções há mais de um ano passam a estar sujeitos a uma taxa de 20%.

Quanto às privatizações, apesar do previsto encaixe de 6 mil milhões, parece-me, penso eu, que a longo prazo talvez se revele uma má medida, uma vez que são estas mesmas empresas (Galp, EDP, Ren, entre outras) que dão neste momento receita ao Estado.