Ultimamente, tenho-me sentido algo revolucionário! E quando digo revolucionário digo-o com as regalias todas: empunhar as bandeiras e os cartazes com as epígrafes de combate à repressão Estatal, ao chamado Estado de Direito, parar o trânsito com manifs abismais em que existe sempre a contradição de números entre governo e sindicatos…como é óbvio não estou a falar do 25 de Abril! Quer dizer, estou, mas com alguma tristeza, pois o que se passou então, ainda nos nossos dias se passa.
Falo de números, adesão, componente humana, solidariedade social, dever cívico de chamar à atenção os senhores que seguram o leme do nosso país, que são precisas medidas que se estendam a todos e não somente a alguns, o principal fundamento dum partido de cariz socialista é a igualdade entre pares, mas analisando os últimos anos e as inúmeras medidas de combate às crises, sim, crises! O que se constata é que as medidas socialistas tem cavado um autêntico fosso entre as classes sociais do nosso país, aumentando ridiculamente as diferenças salariais e poder de compra entre as classes pequena, média e alta, aliás parece-me que a persistir em rumos semelhantes, não tarda muito desaparece a classe média e para regozijo do PCP e do Bloco De Esquerda passamos de novo a ter apenas proletariado e capitalistas e três vivas as ideias marxistas!
Tal como naquela altura, hoje são também poucas as vozes que se levantam, é necessário relembrar Abril, é necessário dar a conhecer Abril a quem não o viveu e é necessário respeitar aqueles que por uma causa maior arriscaram as suas vidas para que hoje possamos dizer que vivemos em liberdade de expressão…tomemos a palavra, vamos à rua, desta vez não uns milhares por um país, mas todos pelo seu próximo.
segunda-feira, 22 de março de 2010
OS VAMPIROS - ZECA AFONSO
No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas pela noite calada
Vêm em bandos com pés veludo
Chupar o sangue fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada [Bis]
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas
São os mordomos do universo todo
Senhores à força mandadores sem lei
Enchem as tulhas bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
No chão do medo tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos na noite abafada
Jazem nos fossos vítimas dum credo
E não se esgota o sangue da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhe franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Batendo as asas pela noite calada
Vêm em bandos com pés veludo
Chupar o sangue fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada [Bis]
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas
São os mordomos do universo todo
Senhores à força mandadores sem lei
Enchem as tulhas bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
No chão do medo tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos na noite abafada
Jazem nos fossos vítimas dum credo
E não se esgota o sangue da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhe franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
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